segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

Os jardins alados da humilde casa fremem com o roçar da brisa primaveril do pleno inverno sub-tropical. A dispersão das sementes feitas ao léo compõem um jardim pobre aos que procuram o belo em arquiteturas sóbrias. Os jardins alados da humilde casa explodem em verdes rasteiros, em miúdas repetições, únicas em si e corais no chão destas memórias que habitam o vazio do agora. As pequenas flores roxas tremem no gozo da manhã, abrem suas boquinhas ao céu em trios, duos, coros de boca-arriba. São jardins caóticos onde a borboleta mañanera passeia atravessando bifurcações de galhos, ramos de erva-daninha, maços de mirra curandeira em flor; mariposa amorosa e roçadeira, visitante fugaz e gentil. Suave.

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