domingo, 24 de dezembro de 2017

SOMA DE MALOGROS NOVES FORA TUDO - Thiago de Mello
Com o desperdício de cores,
selo o fim dos meus amores.
Amor pode ser começo
de si mesmo a cada instante.
Fico no fim que mereço.
Sei que perdi: me apostei
inteiro. Mas aprendi
que não dependo (e ninguém)
só de mim para me dar.
É repartido que posso
vir um dia a merecer
a flama ardendo serena,
que resolve a diferença
entre viver e morrer.
Sei que perdi. Mas ganhei.

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