Me quedo entre os não-o-quês da vida e as guerrinhas
indizíveis entre girassóis
de manhã acordo com o fel do sonho ébrio que é luta selvagem
e cortante
de tarde, na hora do almoço, como sorrisos na fila de espera
ali pelo lanche da tarde, passo a faca no abraço apertado de
gente amiga
na penumbra do ocaso peço socorro ao baile-pássaro de quem
transita em retorno
na noite me lambo como cão quente de inverno.
Tiago Ferreira
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