tag:blogger.com,1999:blog-85473886977921932452024-02-07T19:08:12.804-08:00viajante do somFelipe Ferreira Ferrohttp://www.blogger.com/profile/06004751439190627246noreply@blogger.comBlogger120125tag:blogger.com,1999:blog-8547388697792193245.post-25152997589918825012022-03-06T18:39:00.000-08:002022-03-06T18:39:01.178-08:00<p>06 de março de 2021</p><p> <span style="background-color: white; color: #050505; font-family: inherit; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">O que será que se passa</span></p><div class="kvgmc6g5 cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql ii04i59q" style="background-color: white; color: #050505; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; margin: 0px; overflow-wrap: break-word; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="font-family: inherit;">entre a palavra e o músculo</div><div dir="auto" style="font-family: inherit;">entre a saliva e o ar</div><div dir="auto" style="font-family: inherit;">que me tanto desconserto em ser?</div></div><div class="cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql o9v6fnle ii04i59q" style="background-color: white; color: #050505; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="font-family: inherit;">Não pálido, não pó</div><div dir="auto" style="font-family: inherit;">não lúcido,</div><div dir="auto" style="font-family: inherit;">tanto menos,</div><div dir="auto" style="font-family: inherit;">empírico.</div></div><div class="cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql o9v6fnle ii04i59q" style="background-color: white; color: #050505; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="font-family: inherit;">Sofro de desconsolo</div><div dir="auto" style="font-family: inherit;">desconserto</div><div dir="auto" style="font-family: inherit;">e me cravo</div><div dir="auto" style="font-family: inherit;">de luz</div><div dir="auto" style="font-family: inherit;">sempre que dá.</div></div><div class="cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql o9v6fnle ii04i59q" style="background-color: white; color: #050505; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="font-family: inherit;">Peço y calo</div><div dir="auto" style="font-family: inherit;">por saber ser</div><div dir="auto" style="font-family: inherit;">labor na luta</div><div dir="auto" style="font-family: inherit;">verdade no ato</div><div dir="auto" style="font-family: inherit;">e atento ao</div><div dir="auto" style="font-family: inherit;">outro que de </div><div dir="auto" style="font-family: inherit;">tanto em tanto</div><div dir="auto" style="font-family: inherit;">somos.</div></div><div class="cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql o9v6fnle ii04i59q" style="background-color: white; color: #050505; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="font-family: inherit;">Me perder e não me perder de mim é o título debaixo de tudo.</div></div>Felipe Ferreira Ferrohttp://www.blogger.com/profile/06004751439190627246noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8547388697792193245.post-1577994184409188552021-10-01T04:08:00.003-07:002021-10-01T04:08:20.294-07:00<p> <span style="background-color: white; color: #050505; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 24px;">RADICAI 1</span></p><span style="background-color: white; color: #050505; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 24px;">cansação.</span><br style="background-color: white; color: #050505; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 24px;" /><span style="background-color: white; color: #050505; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 24px;">ação limitante,</span><br style="background-color: white; color: #050505; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 24px;" /><span style="background-color: white; color: #050505; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 24px;">desatino</span>Felipe Ferreira Ferrohttp://www.blogger.com/profile/06004751439190627246noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8547388697792193245.post-10489662136760356732021-10-01T04:08:00.000-07:002021-10-01T04:08:01.097-07:00<p> <span style="background-color: white; color: #050505; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">RECALCITRÂNCIA</span></p><div dir="auto" style="background-color: white; color: #050505; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">submergirmo-nos em adiantes</div><div dir="auto" style="background-color: white; color: #050505; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">quando na realidade</div><div dir="auto" style="background-color: white; color: #050505; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">um aqui anda carregado </div><div dir="auto" style="background-color: white; color: #050505; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">de agora</div>Felipe Ferreira Ferrohttp://www.blogger.com/profile/06004751439190627246noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8547388697792193245.post-76537942175526006932021-05-17T07:16:00.002-07:002021-05-17T07:16:36.636-07:00<p>17 de maio de 2011 </p><p><span style="background-color: white; color: #050505; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">Há querências nas brisas que correm dentro dessa casa,</span></p><div dir="auto" style="background-color: white; color: #050505; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">Há reboliços nos ares que penetram nessa janela,</div><div dir="auto" style="background-color: white; color: #050505; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">Há luas cheias, minguantes, crescentes e novas nestes corpos,</div><div dir="auto" style="background-color: white; color: #050505; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">Tudo isso dentro de um mate-desterrado!</div>Felipe Ferreira Ferrohttp://www.blogger.com/profile/06004751439190627246noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8547388697792193245.post-90843417445229072502021-05-04T15:08:00.003-07:002021-05-04T15:08:34.787-07:00<p> 30 de abril de 2019</p><p><br /></p><p><span style="background-color: white; color: #050505; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; white-space: pre-wrap;"><span style="font-size: medium;">Estes limiares entre passado e presente, entre espírito e corpo, entre memória e matéria: dia desses houve algo novo. Como a boca que fala fora do corpo sentimos uma ruptura, presenciamos o descompasso temporal entre a carne e a lembrança. A voz observava de trás o corpo imerso na densidade atmosférica da sala, lugar muito lento. A voz, espírito do tempo, abocanhada pelas torrentes relacionais contemplava impressionada a lentidão da matéria diante de sua emergente necessidade de transformação. A voz puxava o presente-futuro, a novidade, e a matéria teimava em ser vagarosa, estranhava a novidade. Um momento disruptivo, uma cisão foi o que aconteceu. Algo pra ser levado em conta nestes nossos processos de transformação: o hábito ao qual nos agarramos precisa ser desarticuldo cuidadosamente, amorosamente pois os conceitos aos quais eles se agarram já não frutificam mais. Larga esse hábito e recria a existência no fazer com atenção aos mínimos detalhes porque a novidade do mundo já está aí, ainda que a guerra esteja sendo tramada pra gente não ver isso. Repara e vai! É o que me digo dizendo à todes!</span></span></p>Felipe Ferreira Ferrohttp://www.blogger.com/profile/06004751439190627246noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8547388697792193245.post-27750905443703306722021-04-15T05:25:00.001-07:002021-04-15T05:25:03.182-07:00<p> <span style="background-color: white; color: #050505; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 24px;">menor que um haikai</span></p><div class="o9v6fnle cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql" style="background-color: white; color: #050505; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 24px; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word;">eu já era?</div>Felipe Ferreira Ferrohttp://www.blogger.com/profile/06004751439190627246noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8547388697792193245.post-46963211798874035822021-04-15T05:24:00.002-07:002021-04-15T05:24:44.388-07:00<p> Pandemia</p><p>Florianópolis, 15 de abril de 2020</p><p><br /></p><div class="kvgmc6g5 cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql ii04i59q" style="background-color: white; color: #050505; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; margin: 0px; overflow-wrap: break-word; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="font-family: inherit;">À gente refugiada com casa e sem casa</div></div><div class="o9v6fnle cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql ii04i59q" style="background-color: white; color: #050505; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="font-family: inherit;">Não há modo de ter tempo para mim quando o tempo de ninguém é. O tempo que me tem já não o é quando vejo essa pele amornada pelo sol. Estes ossos, estes dentes, esta lingua cheia de gosto de café é algo do tempo que já não é. A capoeira ensina que Todo Tempo Não É Um. O que fazemos com esse restolho de tempo que somos? Ao mesmo tempo, este resto é o que retoma o tempo que vem vindo sempre. Portanto, o retiro pode ser sobre reativar a escuta desses tempos que vão e vem. Um privilégio e uma benção. Se temos tempo para ralentar o tempo do relógio, ou seja, o tempo do trabalho enquanto tempo da mais-valia, sofremos porque parece não haver tempo a perder. Ralentar o tempo para viver o tempo multiversal parece ser o privilégio e o problema, porque o tempo do trabalho como mais-valia não tem pena. Condena à morte quem tem fome, quem mora no tempo das calçadas, dos barracões abarrotados de muitos tempos com boca, braços, coluna, estômago por onde passam emoções sem tempo. Desfrutar desse tempo emergente e se revoltar contra o tempo das urgências raptados pelo tempo do trabalho como mais-valia. Seria a consciência um encontro profundo com o tempo? Pq antes do conceito trabalho, há o tempo. Porque se me encaminho para a morte num tempo de 8h, 9h, 10h horas diárias lançando-me cegamente numa piscina de pequenas bolhas de gordura com rna dentro, não estou podendo viver o tempo do tempo enquanto passagem e ancoragem. Desse modo, o trabalho enquanto grilhão do tempo das pessoas, que sequestra a vida da gente. O trabalho alienado alienando o tempo das multiplas forças, esse tempo que caminha deixando para trás as margens que cooperam com a força do rio. Esse tempo do rio, por exemplo, não deveria ser o tempo do rio e o tempo das margens tal como pensa o Brecht. Pq se assim pensa, mesmo que esteja discutindo e insuflando a revolta, acaba voltando ao mesmo afastamento tão atroz à humanidade. Acaba retornando à dissociação humanidade-natureza. Por isso, continua operando no tempo do trabalho como produção de materiais, como criação da humanidade para a humanidade. Reavivar o tempo coletivo, pode ser, escancarar o corpo para a pragmatica ação de saber-se tempo junto do tempo-árvore, tempo-montanha, tempo-melanima, tempo-minhoca, tempo-vírus. Vale pensar que este tempo não é apenas tempo da beleza, é também tempo-destruidor e também reanimador. Parece enfim, que para este tempo do tempo multiversado existir, e não só o tempo humano existir, teremos que abrir mão de tudo isso ao qual damos o nome de privilégio. Abrir mão do privado. Se formos lá no Paulo Freire, em Pedagogia do Oprimido, ele irá falar do tempo de uma futuridade revolucionária que só pode vir quando estivermos sensíveis às diferenças produzidas pelos privilégio. Segundo ele, que surpreendentemente cita uma filosofia do tempo (pragmática, ativa por natureza), sensibilizar é urgente. Daí me pergunto, como é que se sensibiliza? Imagino q dê vários modos. Cada pessoa aqui deve se identificar com uma ou um conjunto de práticas. Eu, secretamente, sinto que a consciência é uma chama que é alimentada pelo movimento e que criar uma futuridade revolucionária é uma tarefa pra vida inteira. Ainda assim, parece que primeiro precisamos aprender a balançar, pq desabitar o corpo de práticas destruidoras, compartimentadoras e preconceituosas não é tarefa fácil. Do mesmo modo que criar um reino de conceitos parece não ajudar muito no que alguns chamaram de trabalho de base. De repente, ser míscivel. Também ser místico sem deixar o papo reto da rua de lado. Sabe pq? Por castelos daqueles de filme se constroem em todos os fronts. Por isso, parece ser bom construir um reino para si onde a fragilidade e a queda não deixem de ser uma opção. A gente precisa ser real para poder sucumbir. Quem sabe a gente se encontra de verdade por aí nestes dias de refúgio para de repente ajudar xs refugiadxs que continuaram existindo. Até ou asè</div></div>Felipe Ferreira Ferrohttp://www.blogger.com/profile/06004751439190627246noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8547388697792193245.post-78914695593957186472021-01-02T04:20:00.002-08:002021-01-02T04:20:14.191-08:00<p> <span style="background-color: white; color: #050505; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">ei são paulo, terra de arranhacéu! da ponte pra cá é uma paulista que me deixa com receio de tocar as pessoas, que faz das articulações uma fechadura. cheguei caminhando pelo viaduto santa Ifigênia, cai nas bordas da 25 e mudando de rua passei pelo largo da memória. aqui não é salvador. cidade dura. cadê a graça da música de caetano? atravessei o chá, o municipal pra baixar no metrô da república. é clichê mas é isso, gente de todo lugar e minhas articulações continuam apertadas, trancadas. foi em vão saltar no masp, entrada cara. foi decidido que caminharia pela paulista no sentido consolação. primeiro uma mina acompanhada de um saxofonista arraza o passeio cantando rihanna. foda! depois um quarteto: uma violinista negra, um violinista cego, um cellista negro e um cantor jovem argentino e gay mandam uma ópera fodidamemte linds no meio da avenida dos patos. o cantor esbanjando sua feminilidade e a gente babando. ganhou o público! segui. subi no alto do sesc e não achei muita graça em ver um mar de prédio, prefiro o mar de água salgada ou uma montanha no meio do mato. desci correndo pra me encontrar com salvador dentro do centro cultural de um banco que andei dando calote. Era o Ilê Aiyê balançando meu coração e me transportando de volta pra Salvador. Não sou de terreiro mas saí num axé danado. Voltei por onde vim prs encontrar com a Augusta, lugar que nunca me faz sentir graça (desculpa aí habitués de lá). Cheguei na Roosevelt e só constatei um pouco mais da dureza do lugar: gente dormindo no chão, gente bebendo cerveja sem olhar no olho da gente. Saí fora, passei pela Mario de Andrade já de retorno pra estação república. Sem mais, desci na Luz pra pegar a linha azul até a Zona Norte onde dizem que a banca a forte. São Paulo é pro fortes e pro fracos. Tudo parece doer como numa canção do Itamar ou da Gal, ainda assim, fico com o Zeca Pagodinho: vida leva eu nesse 2019 de poucas esperanças na televisão e de muita gente, inevitavelmente, na rua quer queira quer não. Arre!</span></p>Felipe Ferreira Ferrohttp://www.blogger.com/profile/06004751439190627246noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8547388697792193245.post-32483558806205024652020-10-08T16:33:00.005-07:002020-10-08T16:33:41.135-07:00<div class="du4w35lb k4urcfbm l9j0dhe7 sjgh65i0" style="font-family: inherit; margin-bottom: 16px; position: relative; width: 500px; z-index: 0;"><div class="du4w35lb l9j0dhe7" style="font-family: inherit; position: relative; z-index: 0;"><div class="" data-testid="Keycommand_wrapper_feed_story" style="font-family: inherit;"><div class="" data-testid="Keycommand_wrapper" style="font-family: inherit;"><div aria-describedby="jsc_c_7y jsc_c_7z jsc_c_80 jsc_c_82 jsc_c_81" aria-labelledby="jsc_c_7x" aria-posinset="2" class="lzcic4wl" role="article" style="font-family: inherit; outline: none;"><div class="j83agx80 cbu4d94t" style="display: flex; flex-direction: column; font-family: inherit;"><div class="rq0escxv l9j0dhe7 du4w35lb" style="box-sizing: border-box; font-family: inherit; position: relative; z-index: 0;"><div class="j83agx80 l9j0dhe7 k4urcfbm" style="display: flex; font-family: inherit; position: relative; width: 500px;"><div class="rq0escxv l9j0dhe7 du4w35lb hybvsw6c ue3kfks5 pw54ja7n uo3d90p7 l82x9zwi ni8dbmo4 stjgntxs k4urcfbm sbcfpzgs" style="--t68779821: 0 1px 2px var(--shadow-2); border-radius: max(0px, min(8px, ((100vw - 4px) - 100%) * 9999)) / 8px; box-shadow: 0 1px 2px var(--shadow-2); box-sizing: border-box; font-family: inherit; overflow: hidden; position: relative; width: 500px; z-index: 0;"><div style="font-family: inherit;"><div style="font-family: inherit;"><div style="font-family: inherit;"><div style="font-family: inherit;"><div class="" dir="auto" style="font-family: inherit;"><div class="ecm0bbzt hv4rvrfc e5nlhep0 dati1w0a" data-ad-comet-preview="message" data-ad-preview="message" id="jsc_c_7z" style="font-family: inherit; padding: 4px 16px;"><div class="j83agx80 cbu4d94t ew0dbk1b irj2b8pg" style="display: flex; flex-direction: column; font-family: inherit; margin-bottom: -5px; margin-top: -5px;"><div class="qzhwtbm6 knvmm38d" style="font-family: inherit; margin-bottom: 5px; margin-top: 5px;"><span class="d2edcug0 hpfvmrgz qv66sw1b c1et5uql gk29lw5a a8c37x1j keod5gw0 nxhoafnm aigsh9s9 d9wwppkn fe6kdd0r mau55g9w c8b282yb hrzyx87i jq4qci2q a3bd9o3v knj5qynh oo9gr5id hzawbc8m" dir="auto" style="color: var(--primary-text); display: block; font-family: inherit; font-size: 0.9375rem; line-height: 1.3333; max-width: 100%; min-width: 0px; overflow-wrap: break-word; word-break: break-word;"><div class="kvgmc6g5 cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql ii04i59q" style="font-family: inherit; margin: 0px; overflow-wrap: break-word; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="font-family: inherit;">Não sei mais poema, música nem sistema. Não sei xadrez, não sei ser à vácuo. No mundo simbólico, sou só vacilo. No mundo agora de certas certezas incertezas, sou osso que toma ônibus, que murcha o peito de vergonha de sentir vergonha da vergonha que é ser a marca da morte do mundo. Chega de reclamar, dizem. Os sonhos, por outro lado, dizem. As bocas dizem, os bocejos dizem, as barricadas ainda existem um pouco longe de mim. Admito. Privilégios. Admito.</div><div dir="auto" style="font-family: inherit;">Demissão. Servente, serviços gerais, atendente do Centro-Oeste e Norte. Displicente, leviano, mórbido, lento. Silêncio. Cada palavra que não cabe na ação é uma hora de sono a menos. 4 da manhã. Semanas de 4h da manhã. Não importa. O problema é universal, pra que falar de si? Fuçar livros e recompor-se. Duvidar dos livros que lê. Só homens? Surrar-se. Sussurar-se. Escrever simples. Difícil. Popular. Relembrar que se é popular. Poupar-se. Não saber usar preposições. Soluçar sozinho, em duo, em grupo. Solapar. Ir solapando sem saber. Desistir e retomar. Silenciar mas também falar. Tomar posição mas também se afastar. Paradoxo ou contradição? Tudo junto? Tomar posição ou ir posicionando-se ou tudo junto? Abram-se mil ouvidos.</div></div></span></div></div></div></div></div></div></div></div></div></div></div></div></div></div></div></div></div><div class="du4w35lb k4urcfbm l9j0dhe7 sjgh65i0" style="font-family: inherit; margin-bottom: 16px; position: relative; width: 500px; z-index: 0;"><div class="du4w35lb l9j0dhe7" style="font-family: inherit; position: relative; z-index: 0;"><div class="" data-testid="Keycommand_wrapper_feed_story" style="font-family: inherit;"><div class="" data-testid="Keycommand_wrapper" style="font-family: inherit;"><div aria-describedby="jsc_c_87 jsc_c_88 jsc_c_89 jsc_c_8b jsc_c_8a" aria-labelledby="jsc_c_86" aria-posinset="3" class="lzcic4wl" role="article" style="font-family: inherit; outline: none;"><div class="j83agx80 cbu4d94t" style="display: flex; flex-direction: column; font-family: inherit;"><div class="rq0escxv l9j0dhe7 du4w35lb" style="box-sizing: border-box; font-family: inherit; position: relative; z-index: 0;"><div class="j83agx80 l9j0dhe7 k4urcfbm" style="display: flex; font-family: inherit; position: relative; width: 500px;"><div class="rq0escxv l9j0dhe7 du4w35lb hybvsw6c ue3kfks5 pw54ja7n uo3d90p7 l82x9zwi ni8dbmo4 stjgntxs k4urcfbm sbcfpzgs" style="--t68779821: 0 1px 2px var(--shadow-2); border-radius: max(0px, min(8px, ((100vw - 4px) - 100%) * 9999)) / 8px; box-shadow: 0 1px 2px var(--shadow-2); box-sizing: border-box; font-family: inherit; overflow: hidden; position: relative; width: 500px; z-index: 0;"><div style="font-family: inherit;"><div style="background-color: white; color: #1c1e21; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 12px;"></div><div style="background-color: white; color: #1c1e21; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 12px;"><div class="lt9micmv ofv0k9yr gl4o1x5y aodizinl b0t09u6z" style="border-bottom: solid 1px var(--fds-gray-20); font-family: inherit; padding: 20px;"><div class="j83agx80 cbu4d94t mysgfdmx hddg9phg" style="display: flex; flex-direction: column; font-family: inherit; margin-bottom: -6px; margin-top: -6px;"><div class="w0hvl6rk qjjbsfad" style="font-family: inherit; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;"></div></div></div></div></div></div></div></div></div></div></div></div></div></div><p> </p>Felipe Ferreira Ferrohttp://www.blogger.com/profile/06004751439190627246noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8547388697792193245.post-73985883585790369752020-09-13T19:18:00.002-07:002020-09-13T19:18:11.714-07:00<p> <span style="background-color: white; color: #050505; font-family: inherit; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">estou selva, fagulha, </span></p><div class="kvgmc6g5 cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql ii04i59q" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; margin: 0px; overflow-wrap: break-word; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="font-family: inherit;">filomena nos passos do aço.</div><div dir="auto" style="font-family: inherit;">estou açude e carrapato do burro. estou.</div><div dir="auto" style="font-family: inherit;">estou como nunca fui sendo. cortante.</div><div dir="auto" style="font-family: inherit;">haste de vidro na polpa de seus olhos,</div><div dir="auto" style="font-family: inherit;">seiva na boca de suas botas. molhadas. sonoras.</div><div dir="auto" style="font-family: inherit;">arre! foda-se hoje razões e planos,</div><div dir="auto" style="font-family: inherit;">ezquizemos infinitamente. até o fim sem fim.</div><div dir="auto" style="font-family: inherit;">um salve. um salve. um salve aos alucinados.</div><div dir="auto" style="font-family: inherit;">um salve aos que nas esquinas sonham</div><div dir="auto" style="font-family: inherit;">sem serem incomodados por opiniões.</div><div dir="auto" style="font-family: inherit;">um salve aos que só são</div><div dir="auto" style="font-family: inherit;">nas esquinas da cidade,</div><div dir="auto" style="font-family: inherit;">ilha. </div></div><div class="o9v6fnle cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql ii04i59q" style="background-color: white; color: #050505; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 15px; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space: pre-wrap;"><div dir="auto" style="font-family: inherit;">a poesia é sem nome. um alumbramento que não cabe num só jeito. um sonho e só</div></div>Felipe Ferreira Ferrohttp://www.blogger.com/profile/06004751439190627246noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8547388697792193245.post-57180361310783997222020-04-30T06:19:00.001-07:002020-04-30T06:19:58.891-07:00<blockquote class="tr_bq">
Estes limiares entre passado e presente, entre espírito e corpo, entre memória e matéria: dia desses houve algo novo. Como a boca que fala fora do corpo sentimos uma ruptura, presenciamos o descompasso temporal entre a carne e a lembrança. A voz observava de trás o corpo imerso na densidade atmosférica da sala, lugar muito lento. A voz, espírito do tempo, abocanhada pelas torrentes relacionais contemplava impressionada a lentidão da matéria diante de sua emergente necessidade de transformação. A voz puxava o presente-futuro, a novidade, e a matéria teimava em ser vagarosa, estranhava a novidade. Um momento disruptivo, uma cisão foi o que aconteceu. Algo pra ser levado em conta nestes nossos processos de transformação: o hábito ao qual nos agarramos precisa ser desarticuldo cuidadosamente, amorosamente pois os conceitos aos quais eles se agarram já não frutificam mais. Larga esse hábito e recria a existência no fazer com atenção aos mínimos detalhes porque a novidade do mundo já está aí, ainda que a guerra esteja sendo tramada pra gente não ver isso. Repara e vai! É o que me digo dizendo à todes!</blockquote>
Felipe Ferreira Ferrohttp://www.blogger.com/profile/06004751439190627246noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8547388697792193245.post-29139952880874898552020-03-16T17:30:00.003-07:002020-03-16T17:30:49.340-07:00gente, nunca só gente<br /> nem só gente, nem só bicho, planta ou mineral.<br />
tampouco sou, gente só.<br /> somos.<span class="text_exposed_show"><br /> ainda que só gente, <br /> sempre com.</span><br />
<div class="text_exposed_show">
sempre com mais de um<br /> porque senão,<br /> só não vive.<br /> só e com.<br />
sempre<br /> ou nunca será.</div>
Felipe Ferreira Ferrohttp://www.blogger.com/profile/06004751439190627246noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8547388697792193245.post-35752009472298033942019-10-09T05:26:00.001-07:002019-10-09T05:26:01.633-07:00a pouco tempo atrás éramos tao diferentes<br /> e agora é esse tanto de gesto sobrando<br /> essas emoções deslocadas<br /> esse monte de coisas caindo<br /> adubando<span class="text_exposed_show"><br /> mudando e meio sem jeito</span>Felipe Ferreira Ferrohttp://www.blogger.com/profile/06004751439190627246noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8547388697792193245.post-6977049301920064682019-06-01T06:44:00.001-07:002019-06-01T06:44:10.868-07:00Me afastei disso daqui para não mais alimentar o ódio meu e de outras pessoas. Me afastei para não mais alimentar o desejo de bomba na vidraça do banco, carro virado na via, pedra pra cima da polícia. Me afastei e afastei minha poesia dessa trilha. Agora vejo filas de carros no posto de gasolina e rio; vejo gente estocando coca-cola e rio; vejo gente até hoje apertando os dentes pra reclamar da esquerda e rio. É verdade que rio meio atônito, meio perverso, meio inocente, meio demente. Rio pq sou rio kkkk. Abandonei as farpas, os cacos de vidros, os cabos de guerra, ainda assim, uma porção miúda e antiga me diz guerra, uma outra porção racional me lembra que a disciplina dos dias me garantirá alimento para depois do dia 15, portanto, ria; guerra demanda energia, combustível, alimento. Rio do alto de minha bicicleta de correntes desgastadas. Rio sem computador. Rio sem dinheiro. Rio dos que não riem. Rio com os que riem. Rio até dos que riem de mim. Só não rio do homem dormindo no parque infantil da praça - isso não tem graça. A verdade é que estou ocupado de olhar ossos, músculos, pele e de apurar os sentidos, e de escrever marmotas nas folhas espalhadas pelo quarto e de saber os motivos que levaram a terra do quintal a abrandar sua força. Meio que abandonei isso aqui, veneninho diário. Meio que este será um último texto, abandonado de sanha, abandonado de fúria, abandonado e risonho. Irrisível, enfim.Felipe Ferreira Ferrohttp://www.blogger.com/profile/06004751439190627246noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8547388697792193245.post-17303574964757863772019-03-06T07:15:00.001-08:002019-03-06T07:15:48.981-08:00É sempre tempo de desacostumar-se das ideias de tempo. Revisite bilhetes
guardados e eles te dirão outros recados. O tempo é a guia.Felipe Ferreira Ferrohttp://www.blogger.com/profile/06004751439190627246noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8547388697792193245.post-62902625718817770692019-02-04T12:34:00.001-08:002019-02-04T12:34:24.332-08:00<div class="_5pbx userContent _3ds9 _3576" data-ft="{"tn":"K"}" id="js_och">
<div class="_5_jv _58jw">
E tu, aranha como cantarias neste vento de outono?<br />
<br />
Matsuo Basho</div>
</div>
Felipe Ferreira Ferrohttp://www.blogger.com/profile/06004751439190627246noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8547388697792193245.post-6142201288628398942019-02-04T12:33:00.001-08:002019-02-04T12:33:14.749-08:00uma boca de água é aquela que corre haja pedra haja osso<br />
uma boca é um corpo<br /> um copo<br /> um poço<br />
<div class="text_exposed_show">
experimentar a boca<br /> caiar a boca<br /> tropeçar a boca<br />
uma boca é uma bica<br /> desfrute da boca<br /> erre a boca<br />
não é fácil mesmo ser um corpo<br /> que também é boca<br /> cuide da boca<br /> descuide da boca</div>
Felipe Ferreira Ferrohttp://www.blogger.com/profile/06004751439190627246noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8547388697792193245.post-37442704699877827292019-02-04T12:32:00.000-08:002019-02-04T12:32:03.675-08:00 COGITO - Torquato Neto<br />
<br />
eu sou o que sou<span class="text_exposed_show"><br /> pronome<br /> pessoal intransferível<br /> do homem que iniciei<br /> na medida do possível</span><br />
eu sou como eu sou<br /> agora<br /> sem grandes segredos dantes<br /> sem novos segredos dentes<br /> nesta hora<br />
eu sou como eu sou<br /> presente<br /> desferrolhado indecente<br /> feito um pedaço de mim<br />
eu sou como eu sou<br /> vidente<br /> e vivo tranquilamente<br /> todas as horas do fim<br />
<br />Felipe Ferreira Ferrohttp://www.blogger.com/profile/06004751439190627246noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8547388697792193245.post-11496119104080882972019-02-04T12:30:00.002-08:002019-02-04T12:30:41.037-08:00Revolución - Saúl Yurkievich<br />
<br />
Las sillas se sentarán sobre nosotros<br /> las perchas se nos colgarán<br /> los pisos habrán de arrastrarnos<span class="text_exposed_show"><br /> seremos empujados por las puertas<br /> pateados por las pelotas<br /> tirados por las barajas<br /> arrugados por los papeles<br /> mojados por los pañuelos<br /> encendidos por los fósforos<br /> disueltos por los azúcares<br /> revueltos por las cucharas<br /> bebidos por el agua<br /> y no será más que justicia.</span><br />
<div class="text_exposed_show">
<br /></div>
Felipe Ferreira Ferrohttp://www.blogger.com/profile/06004751439190627246noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8547388697792193245.post-18959239167862405662019-02-04T12:27:00.001-08:002019-02-04T12:27:19.000-08:00Olho de lince - Wally Salomão<br />
<br />
quem fala que sou esquisito hermético<br /> é porque não dou sopa estou sempre elétrico<br /> nada que se aproxima nada me é estranho<span class="text_exposed_show"><br /> fulano sicrano beltrano<br /> seja pedra seja planta seja bicho seja humano<br /> quando quero saber o que ocorre à minha volta<br /> ligo a tomada abro a janela escancaro a porta<br /> experimento invento tudo nunca jamais me iludo<br /> quero crer no que vem por aí beco escuro<br /> me iludo passado presente futuro<br /> urro arre i urro<br /> viro balanço reviro na palma da mão o dado<br /> futuro presente passado<br /> tudo sentir total é chave de ouro do meu jogo<br /> é fósforo que acende o fogo de minha mais alta razão<br /> e na sequência de diferentes naipes<br /> quem fala de mim tem paixão</span>Felipe Ferreira Ferrohttp://www.blogger.com/profile/06004751439190627246noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8547388697792193245.post-40186132608312591652019-02-04T12:26:00.001-08:002019-02-04T12:26:40.397-08:00 você conseguiria deixar ir embora por alguns instantes qualquer
pensamento que te pareça crítico? qualquer um. tome por crítico o
pensamento dialético, semiótico, estrombólico que te faz sentir e até
acreditar que pensando assim você se faz menos alienado. você
conseguiria? dois segundinhos de algo macio, pode ser? você conseguiria
ir além? a palavra hiroshima, por exemplo. você sabe, eu sei que você
sabe que esta palavra te faz pensar em bomba. ok, <span class="text_exposed_show">mas
você sabe ou saberia me dizer o que significa esta palavra antes da
bomba assumir o lugar da palavra? o engraçado é que ela continua tendo a
mesma origem e no entanto só fica existindo esse desespero em torno da
palavra. o que vc sabe sobre hiroshima? não, não estou te pedindo pra
fingir que nada aconteceu, só estou te convidando a largar um pouco este
sentido único. um pouquinho e é certo que você não deixará de ser esta
pessoa sensata, crítica, altamente capacitada a revelar a realidade crua
e mortífera da vida cheia de contradições e tals. você consegue. em
hiroshima tem criança, tem árvore, rio, bicho, idoso e idosa, tem céu
azul e tem zoológico. você conseguiria ser um animal sem destruir alguma
coisa, sem se destruir tanto? pense no azul. agora numa flor amarela.
você consegue pensar nestas coisas largando a culpa de estar agindo como
uma criança? um sorriso. você consegue pensar num sorriso? em dois? e
em muitos?</span><br />
<br />
<div class="text_exposed_show">
O nome Hiroshi tem origem Japonês. Derivado do nome pessoal HIROSHI que significa Adora ter harmonia e beleza em torno de si.<br /> Shima significa ilha em Japonês. <br /> Hiroshima = Ilha Harmoniosa.</div>
Felipe Ferreira Ferrohttp://www.blogger.com/profile/06004751439190627246noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8547388697792193245.post-75356267280060317282019-02-04T12:25:00.001-08:002019-02-04T12:25:29.674-08:00rebentação é onde a vida diz sim <br /> redobrando-se ferozmente <br /> para cavocar tudo,<br /> impulsionando e sendo impulsionada<br /> em todas as direções<span class="text_exposed_show"><br /> repara</span><br />
<div class="text_exposed_show">
não<br /> não quero negar que a rebentação humana <br /> é um calvário imenso,<br /> uma luta onde a espada aperta <br /> nossas gargantas<br /> não, não é isso<br />
há de vir a revolta<br /> no entanto,<br />
a atenção aqui está é no macio e no corte do tempo<br /> nos instantezinhos<br /> em que se faz levantar o dia após<br /> dia<br /> no que nos lança e relança<br /> a todo momento<br /> em todas as direções.<br />
tô falando de rio e de margens que apertam<br /> apertam? ou participam da força do rio?<br /> tô falando é de nunca mais ser o mesmo <br /> depois de entrar nesse rio.<br />
repara só</div>
Felipe Ferreira Ferrohttp://www.blogger.com/profile/06004751439190627246noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8547388697792193245.post-7570015903424658122019-02-04T12:24:00.001-08:002019-02-04T12:24:48.838-08:00gata de manchas brancas na penumbra<br /> é como o fio da fumaça do incenso<br /> quando se faz passagem:<br /> atravessa o campo silenciosa e densa.Felipe Ferreira Ferrohttp://www.blogger.com/profile/06004751439190627246noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8547388697792193245.post-49870598241183743122019-02-04T12:23:00.001-08:002019-02-04T12:23:06.018-08:00No se trata de hablar... (Poesía Vertical VIII - 2) - Roberto Juarroz<br />
<br />
No se trata de hablar, <br /> ni tampoco de callar: <br /> se trata de abrir algo <span class="text_exposed_show"><br /> entre la palabra y el silencio. </span><br />
<div class="text_exposed_show">
Quizá cuando transcurra todo, <br /> también la palabra y el silencio, <br /> quede esa zona abierta <br /> como una esperanza hacia atrás. <br />
Y tal vez ese signo invertido <br /> constituya un toque de atención<br /> para este mutismo ilimitado <br /> donde palpablemente nos hundimos</div>
Felipe Ferreira Ferrohttp://www.blogger.com/profile/06004751439190627246noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8547388697792193245.post-46313207816989632412019-02-04T12:21:00.001-08:002019-02-04T12:21:23.426-08:00Escrevo no privado<br /> Hoje foi um dia bem loco<br /> Maré cheia até o talo<br /> Entupiu de carro a beira-mar<br /> Os amigos? Tudo mundo se sentindo<span class="text_exposed_show"><br /> Bem loco<br /> E você não? Bem loco e cheio<br /> De mar, de gente, de loucura<br /> E de carinho com tudo isso<br /> Nesse dia que a gente <br /> Acordou<br /> Bem<br /> Loca<br /> Na maré cheia</span>Felipe Ferreira Ferrohttp://www.blogger.com/profile/06004751439190627246noreply@blogger.com0